Um dos grandes objetivos do Open Finance é permitir que os consumidores, usuários finais de sistemas bancários, fintechs, fundos de previdência e de pensão, operadoras de câmbio, plataformas de investimento, entre outros, gerenciem suas finanças com mais precisão e eficiência por meio do uso de ferramentas modernas de gerenciamento financeiro pessoal, o chamado PFM (Personal Finance Management).
O uso desses tipos de ferramentas permite que os clientes elevem seu conhecimento financeiro, economizem dinheiro e conduzam seus orçamentos com mais assertividade, com acesso a serviços financeiros personalizados, desenvolvidos e oferecidos por meio de conexões de APIs seguras entre as instituições e dos dados compartilhados pelos usuários.
Mas como isso acontece na prática?
De modo geral, e falando especificamente de PFM, o Open Finance potencializa os aplicativos e sistemas de internet banking que as próprias instituições financeiras já oferecem, permitindo que os clientes conectem todas as suas contas bancárias e demais produtos financeiros dentro do ecossistema do seu banco favorito. Assim, em um único aplicativo bancário, o cliente visualiza todos os seus movimentos financeiros e pagamentos em tempo real, bem como recebe, por meio de inteligência artificial e algoritmos diversos, análises minuciosas dos seus dados que levam a sugestões, dicas e ofertas de produtos e serviços cada vez mais personalizados.
Com suporte orientado, lembretes e recomendações, os clientes podem atingir suas metas financeiras, livrar-se de custos e assinaturas desnecessários, evitar atrasos e, ainda, aumentar suas contas de poupança de forma inteligente. Essas economias podem, por exemplo, ser investidas em ações, criptomoedas e outros ativos pelos usuários para criar uma base financeira ainda mais forte para o futuro. A perspectiva, inclusive, é de que logo a maioria dos aplicativos bancários já permitam que os clientes invistam diretamente por meio de seus sistemas de PFM. Muitos players que aderiram a essa nova onda de crescimento de ativos de clientes tornaram o investimento ainda mais acessível para iniciantes, estabelecendo modelos de preços de baixo custo, especialmente no Reino Unido, onde o Open Banking (como é chamado por lá), teve sua gênese
No Open Finance o controle pertence ao cliente final
Com o mundo cada vez mais entrando no digital e com as oportunidades trazidas pelo Open Finance, os clientes agora podem acessar serviços financeiros integrados e completos por meio de aplicativos on-line fáceis de usar, o que deve aumentar substancialmente a bancarização ao longo dos próximos anos.
Ferramentas como aplicativos de gerenciamento de finanças pessoais permitem que os consumidores não apenas administrem suas finanças, mas que também aumentem seus ativos, estabeleçam fundos de pensão e invistam em seu futuro com conhecimento real sobre o que estão fazendo, contando com a sua instituição financeira principal como aliada, como uma verdadeira advisor.
Se as gerações anteriores precisavam buscar consultas especializadas e visitar agências físicas, os clientes modernos podem aprender o que quiserem sobre sua vida financeira de forma on-line, e isso é ótimo.
Mas, para que tudo dê certo, as instituições e os demais players precisam entender de uma vez por todas: com o Open Finance, o controle está nas mãos dos clientes e, por isso, é preciso agir com inteligência para convencê-los a compartilharem seus dados pessoais e financeiros, os ativos mais valiosos da era moderna, a espinha dorsal de todo o presente e futuro do Open Finance, que vem impactando com força o mercado financeiro.