Segundo o Banco Central, a implementação do Open Banking, em 2021, tinha como objetivo final “aumentar a eficiência nos mercados de crédito e pagamentos, promovendo um ambiente de negócios mais inclusivo e competitivo, preservando a segurança do Sistema Financeiro Nacional”.
Com incentivo à inovação, o BC buscava uma maior integração dos serviços financeiros digitais no dia a dia dos clientes, reduzindo a assimetria de informações entre os provedores destes serviços. Buscava, também, facilitar a implementação de novos modelos de negócios, aumentar a eficiência do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e, por fim, promover a cidadania financeira, favorecendo novas formas de relacionamento entre as entidades participantes, seus clientes e parceiros.
A partir do cumprimento destes objetivos, o Banco Central esperava que a vantagem competitiva não fosse baseada na escala ou capital dos participantes, mas, sim, na capacidade adequada de compreensão e antecipação das demandas dos clientes, que já vinham mudando em ritmo significativo nos últimos anos.
Na primeira fase do Open Banking, as instituições participantes foram obrigadas a divulgar informações públicas e agregadas sobre os canais de atendimento, produtos e serviços disponíveis, em formato de dados abertos. Contrariando previsões pessimistas, somente nos três primeiros meses de implantação do sistema, foram registradas 71 milhões de chamadas de API bem-sucedidas, um poderoso indicativo que já deixava claro o sucesso do movimento por aqui.
Pouco mais de 1 ano depois, esse número explodiu. Para ser ter uma ideia, dados divulgados pelo Valor Econômico dão conta de que, apenas em março de 2022, foram 204,3 milhões de chamadas, um significativo aumento de 111,9% em relação ao mês anterior.