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Iniciação de Pagamentos no Open Finance 

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Ao longo deste artigo, vamos explicar detalhes sobre o funcionamento do iniciador de pagamentos no Open Finance. Além disso, falaremos de suas vantagens e destacaremos o grande papel que o ERP desempenha nesse sentido, proporcionando maior eficiência e automação de rotinas. Boa leitura!

O que é iniciador de pagamentos no Open Finance?

O iniciador de pagamentos é uma API. Esta é uma interface que permite acessar certos dados e, com isso, facilitar transações bancárias e reduzir atritos. Na prática, apenas duas partes atuam em uma transação: o emissor e o receptor do valor em dinheiro.

Como funciona?

O banco atua nesse processo, mas de modo indireto. A ideia do iniciador de pagamentos é ser uma solução simples e ágil, capaz de permitir pagamentos em plataformas digitais e lojas virtuais, por exemplo. Importante salientar que a estrutura do iniciador de pagamentos é a mesma do Pix. Portanto, as transações são efetivadas em poucos segundos e de modo seguro, além de representar custos reduzidos a todos os envolvidos.

Na prática, são usadas chaves no iniciador de pagamentos, assim como no Pix. As etapas que o usuário deve fazer são as seguintes:

  1. A opção de pagamento com Open Finance é escolhida na página de checkout da plataforma;
  2. Após o redirecionamento automático, abre-se a página da instituição financeira, onde é feita a autenticação e a confirmação do pagamento;
  3. Em outro redirecionamento automático, o usuário entra novamente na página de checkout acessada inicialmente.

Atualmente, o processo de iniciação de pagamentos ainda tem alguns atritos. Por isso, o Banco Central estuda evoluções constantes nesse sentido, como pagamentos recorrentes, múltiplos pagamentos e Pix QR Code. Além disso, pretende-se eliminar os redirecionamentos, sendo tudo finalizado em apenas uma página.

Quais as vantagens da iniciação de pagamentos no Open Finance?

Pessoas que consomem e pessoas que negociam podem obter muitos ganhos com a simplificação no processo de pagamentos. A seguir, vamos apresentar as principais vantagens da iniciação de pagamentos no Open Finance!

Eficiência

A iniciação de pagamentos no Open Finance permite a lojistas e consumidores terem mais praticidade em transações. O excesso de etapas e redirecionamentos tende a diminuir, tornando o processo mais eficiente, ajudando no aumento de vendas por parte do lojista e na satisfação dos consumidores.

Segurança

Para que a iniciação de pagamentos funcione corretamente, é preciso ter mecanismos robustos de segurança. Dito isso, são empregados métodos de autenticação, ajudando a coibir fraudes e outras irregularidades correlatas. Por mais que as pessoas sintam uma certa desconfiança com soluções de pagamento digitais, a iniciação é sim bastante segura, até porque não há o compartilhamento, por exemplo, de dados bancários sensíveis.

Vale ainda destacar outros mecanismos de segurança, como sistemas de monitoramento contra a lavagem de dinheiro e tripla camada de segurança da informação.

Quando o assunto é segurança de dados bancários, todo cuidado é pouco. Os criminosos estão se sofisticando cada vez mais para burlar sistemas de autenticação e outros mecanismos. Todavia, a iniciação de pagamentos está se modernizando, tanto em termos de reduzir atritos na hora de fazer pagamentos quanto na segurança de dados.

Conveniência

Tradicionalmente, o processo de pagamento na internet envolve a inserção dos dados de cartão de crédito do usuário. Contudo, a iniciação no Open Finance torna tudo mais conveniente, sendo possível usar a plataforma e pagar diretamente de sua conta bancária.

Taxas de conversão maiores

Falando agora pela ótica de quem vende, há uma tendência de o comerciante vender mais com a adoção da iniciação de pagamentos no Open Finance. Em relação ao cartão de crédito, por exemplo, o processo é muito mais simples e sem nenhum intermediário, além de mais seguro. Existem alguns levantamentos que mostram isso e, por tal motivo, merecem ser mencionados.

Segundo a Ebanx, o uso da iniciação de pagamentos no Open Finance promove 4% mais chance de se vender com ticket de alto valor, se for comparado com o cartão de crédito.

Outro estudo, agora feito pela Tink, mostra um percentual entre 80 e 90%, relacionado com a taxa de conversão em usuários que usaram a iniciação de pagamentos pela primeira vez. Além disso, quando o cliente tem recorrência, esse percentual pode ser superior a 90%.

Economia

Por ser uma transação do tipo A2A, a iniciação de pagamentos não tem intermediários, o que, por definição, implica redução de custos. Tanto lojistas quanto comerciantes se beneficiam dessa economia.

Qual a relação entre o ERP e o iniciador de pagamentos?

Fazendo uma contextualização, as empresas em geral precisam de uma gestão eficiente e, ao mesmo tempo, simplificada. Um software ERP é bastante útil nesse sentido, ajudando o negócio a automatizar rotinas e ganhar tempo.

Além disso, as empresas precisam de softwares capazes de se integrar a outras ferramentas. Isso ajuda o negócio a expandir suas operações ao longo do tempo, mesmo quando a integração envolve sistemas cujo formato dos dados são incompatíveis. Hoje já é possível fazer isso, justamente graças às APIs, que permitem sistemas acessarem dados de várias outras aplicações, sem a necessidade de que sejam desenvolvidos na mesma linguagem de programação.

Além da integração e da gestão, outra característica importante dos ERPs é a centralização de dados. Empresas com muitos setores precisam do máximo de visibilidade nesse sentido, pois uma visão sistêmica das operações ajuda a entender melhor as interdependências dos departamentos. Quando não há essa centralização de dados, muitas oportunidades podem se perder, bem como fica mais difícil identificar as razões para a ineficiência em alguns processos.

Fazendo agora um paralelo entre ERP e Open Finance, um desafio das empresas, principalmente de grande porte, é lidar com tantas contas e pagamentos de funcionários. De fato, além de envolver muitos dados, essas operações são cheias de atritos, e o uso de soluções como o iniciador de pagamentos pode ser bastante útil.

Explicando rapidamente, o Open Finance ocorre mediante a interoperabilidade de sistemas, ainda que sejam de empresas concorrentes. A ideia é promover uma melhor experiência de usuários, sejam eles clientes ou lojistas. Esse compartilhamento mais massivo, vale destacar, é feito sem negligenciar a parte de segurança de dados. O Open Finance representa um impacto direto nas rotinas, tornando-as mais automatizadas e menos suscetíveis a erros.

A iniciação de pagamentos pode ser feita no próprio ERP, promovendo ainda mais centralização de dados do negócio. Na prática, a empresa pode agora gerir finanças e os pagamentos, com eficiência e pouca fricção. Essa integração e centralização é importante porque a empresa processa uma grande quantidade de informações, e isso deve ocorrer em tempo hábil. Do contrário, ela pode perder eficiência, automação e até mesmo a competitividade.

Se o ERP é operado por uma grande empresa, isso significa também um elevado potencial de escalabilidade, visto que ela pode, com o passar do tempo, ter mais fornecedores, clientes e colaboradores, na hora de processar as transações envolvendo eles.

Menos fraudes

De fato, criminosos virtuais investem bastante em meios de burlar sistemas bancários e financeiros. Geralmente, eles obtêm maior sucesso quando as rotinas são manuais, aumentando o risco de fraudes e outras irregularidades.

Contudo, dado que o iniciador de pagamentos promove mais automação, esse risco diminui bastante, tornando as operações mais seguras. Essa é uma vantagem que se torna mais evidente quando a empresa é de grande porte, pois precisa gerenciar com rapidez e segurança uma grande quantidade de transações financeiras.

Iniciação de pagamentos e o Banco Central

A iniciação de pagamentos foi autorizada pelo Banco Central em 22 de outubro de 2020. A ideia é que o usuário e não o banco pudesse iniciar uma transação sem atrito junto a outro usuário ou empresa. Contudo, convém salientar que há uma participação do banco, só que mais indireta, por meio da API que promove a iniciação de pagamentos.

Com menos intermediários no processo, é de se imaginar que a transação passa a ser mais rápida e até tenha um nível maior de segurança. Nesse sentido, o Banco Central faz atualizações constantes, e cada uma dessas atualizações tende a impactar as empresas, principalmente as de grande porte e que usam o ERP.

Empresas que usam o ERP para realizar e gerenciar pagamentos passam a lidar com uma grande interoperabilidade de dados. Antes, era muito difícil haver esse compartilhamento, basicamente por dois motivos: segurança de dados e concorrência entre as empresas.

O tempo mostra que essa abertura de dados é muito necessária, pois facilita e muito a vida de quem compra e vende, seja no varejo ou em qualquer outro segmento da economia.

Falando de outro modo, isso significa que o Open Finance promove mais personalização dos produtos e serviços oferecidos a usuários. E o ERP tem um papel de grande importância nesse sentido, sendo o sistema que vai promover e gerenciar esses pagamentos.

Quando o compartilhamento de dados ainda era difícil entre instituições concorrentes, a tendência eram produtos pouco funcionais e que agregavam pouco aos clientes. Hoje, no entanto, o Open Finance e a iniciação de pagamentos promovem a possibilidade de usar dados que antes não estavam acessíveis. Na prática, há uma relação direta entre Open Finance e Big Data. Empresas precisam não somente ter acesso a esses dados, mas também de uma boa capacidade de processamento. Dito isso, o ERP tem um impacto significativo, sendo o sistema que vai armazenar e gerenciar todos esses dados, bem como permitir transações financeiras rápidas e seguras.

Controle do lado do usuário

Também não podemos deixar de destacar o seguinte: o Open Finance e a iniciação de pagamentos dão ao usuário mais poder e controle sobre os seus dados. Na prática, isso é feito por meio do ERP, que faz o armazenamento seguro de todos os dados e transações, tornando-os pouco suscetíveis a fraudes e intervenções externas não autorizadas.

Para o Open Finance e a iniciação de pagamentos serem possíveis no Brasil, o Banco Central optou pela implementação gradual, dividida em etapas. A primeira dessas etapas foi o acesso aos dados bancários. Desse modo, tornaram-se de conhecimento dos usuários os serviços que são ofertados por bancos e instituições financeiras, de um modo padronizado. Assim, os usuários puderam visualizar, por exemplo, as taxas praticadas por cada banco, facilitando a análise comparativa entre elas.

A segunda etapa do Open Finance no Brasil foi o compartilhamento de dados. Importante frisar que nada disso é feito sem o aval expresso dos usuários, até mesmo por causa da conformidade com a LGPD, ou Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. Alguns registros que começaram a ser compartilhados foram dados do cartão de crédito e produtos de crédito contratados pelos usuários. Isso aponta para uma tendência bastante clara: não são mais os bancos que estão no centro do processo, mas sim os clientes. O impacto disso na experiência de pessoas físicas e jurídicas é muito grande, pois eles passam a ter mais controle sobre suas transações, promovendo agilidade, segurança, redução de intermediários e economia.

Outro ponto importante a ser citado é a contabilidade contínua. Basicamente, a ideia é distribuir as cargas de trabalho de modo uniforme durante um período contábil (de 1 ano, por exemplo). Isso contribui para melhores operações contábeis, sendo estas realizadas pelo ERP. De modo prático, essa contabilidade contínua permite uma análise constante de dados fiscais, tornando o trabalho mais distribuído e eficiente. Isso só é possível quando a empresa consegue centralizar seus dados em uma única interface, e isso é feito com auxílio do ERP.

Não só a tecnologia é crucial para o sucesso da iniciação de pagamentos com ERP, mas também processos bem definidos e pessoas capacitadas. Empresas devem entender que a contabilidade tem um papel cada vez mais estratégico, e o ERP proporciona os ganhos de eficiência e produtividade que o negócio precisa para ser competitivo.

Como vimos, a iniciação de pagamentos no Open Finance com ERP promove diversos ganhos, como agilidade, automação de rotinas e segurança. Além disso, elimina intermediários do processo, por meio do modelo A2A.

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